Com a aprovação e implementação da Reforma Trabalhista, muitos aspectos referentes à jornada do trabalho foram modificados. Uma delas foi a carga horária diária. Que agora pode ser de até 12 horas se houver um período de descanso de 36 horas entre uma jornada e outra. Mas a grande parte dos brasileiros trabalham nos moldes de oito horas diárias, 44 horas semanais e 220 mensais.
Qual será a relação entre as horas trabalhadas e a produtividade de trabalho de um funcionário? É possível uma jornada de trabalho menor com o mesmo, ou até melhor desempenho produtivo? Então, para responder essas questões, este texto trará uma discussão sobre este tema.
História
Você sabe como foi definido que um turno de trabalho deveria ser de no máximo oito horas? Quem traz esta resposta é a história. No final do século XVIII, em plena Revolução Industrial, as fábricas não paravam de funcionar e os empregados trabalhavam em turnos de 10 a 16 horas. E então, galês Robert Owen iniciou a campanha para redução da carga de trabalho para no máximo oito horas. De forma que as pessoas pudessem ter um tempo razoável para descansar e realizar outras atividades.
A proposta revolucionária não agradou aos chefes, até o momento em que Henry Ford estabeleceu esta regra para os funcionários de sua indústria e viu o seu faturamento subir consideravelmente em dois anos. Logo após este embate, o turno de oito horas foi adotado por vários países e segue até hoje em diversos deles.
Novos formatos trabalhistas
A Reforma Trabalhista mudou muitos pontos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Dentre as atualizações, foram contempladas outras formas de contratação, que não eram consideradas na legislação antiga. Sendo elas trabalho intermitente, trabalho parcial e teletrabalho (mais conhecido como Home Office), além de permitir uma remuneração por produção. Todas essas alterações foram permitidas por conta de uma mudança muito importante: os acordos individuais e coletivos entre empregados e empregadores prevalecerão sobre a legislação.
Essas modificações permitem quebrar a obrigatoriedade das contratações tradicionais (jornada de oito horas diárias sob um contrato da CLT). Tais mudanças podem ser sinal de uma nova percepção sobre os formatos do trabalho. O home office, por exemplo, em 2014 atingiu 36% das empresas brasileiras, segundo pesquisa feita pela SAP Consultores Associados.
Sendo assim, analisar e negociar a melhor forma de contratação poderá ser um diferencial para a melhora do faturamento e das relações profissionais de uma empresa. Um funcionário que receba por produção e que tenha mais autonomia em sua escala de trabalho pode ser mais produtivo para sua organização.
Este conteúdo foi útil para você? Então, compartilhe com sua equipe!
Fontes: