No dicionário, uma das definições de organograma é a seguinte: gráfico da estrutura hierárquica de uma organização social complexa, que representa simultaneamente os diferentes elementos do grupo e as suas ligações. Em outras palavras, é uma apresentação gráfica de como funciona a “planta” da empresa. Ela serve, sobretudo, para deixar clara qual é a hierarquia geral. Com um organograma adequado, a empresa tem a ganhar em diversos pontos. Mas qual é o organograma adequado?
Com todos os cargos e parceiros bem desenhados, todos entendem o fluxo de trabalho. Qual deve ser esse desenho depende dos objetivos da empresa. Cada segmento, por exemplo, tende a ter companhias que se adaptam melhor a determinado tipo de organograma. São bem variados os tipos e a escolha deve ser feita de acordo com o modelo de gestão, se é vertical ou horizontal.
Gestão vertical X Gestão horizontal
O setor de Recursos Humanos vem mudando bastante para acompanhar as evoluções sobretudo tecnológicas. Neste cenário, ainda há espaço para a gestão vertical, que possui organogramas clássicos, de vários níveis hierárquicos. Nem todas as empresas têm em sua cultura aderência para grandes mudanças. Para estruturas de trabalho tradicionais, a gestão vertical ainda tende a ser a melhor solução, por dar aos gestores mais facilidade para designar tarefas aos funcionários e departamentos, por conta das responsabilidades bem definidas. A muitos colaboradores também é interessante ter uma previsibilidade de ascensão.
Por outro lado, cresce o número de empresas que adotam estratégias mais modernas, em que funcionários têm mais autonomia. Uma das razões para adotar uma gestão horizontal é manter uma espécie de espírito de empresa pequena. Mas, claro, não pelo lado pejorativo. A ideia é que os colaboradores vivenciem os projetos da instituição – eles nunca são somente de uma pessoa, ou de uma área. Com isso, abre-se mais espaço para que apareçam novas lideranças.
Dentro desse pensamento a busca é por diminuir a energia gasta na tentativa de controlar pessoas e ter equipes mais engajadas, responsáveis e com mentalidade empreendedora.
Tendência atual
Como foi supracitado, o setor de RH vem passando por diversas mudanças. Isso pode ser comprovado pelo relatório Trends Capital Humano 2016, feito pela empresa de auditoria e consultoria Deloitte. No trabalho, produzido por meio de mais de 7 mil respostas em mais de 130 países, foi observado que 92% das empresas estão redesenhando a estrutura organizacional e a forma como trabalham para atender as exigências do ambiente de trabalho e de negócios atual.
Esse é um cenário que indica que elas estão saindo da hierarquia tradicional para o que é chamado pela Deloitte de “rede de equipes”. Entre os principais objetivos desse movimento está a mudança nas descrições das funções; mudanças nas formas de carreira e mobilidade interna; enaltecimento de habilidades dos colaboradores e redesenho da forma como são definidas as metas e os prêmios para os funcionários. Com tantas alterações, o papel dos líderes passa a ser bem diferente. E, na raiz dessas transformações, está o setor de RH.
É importante que se tenha em mente que descrições de trabalho, tipos de avaliações de desempenho, tipos de plano de carreira e até os organogramas têm sido reinventados. Cabe avaliar em que estágio de transformação está a empresa para entender se vale a pena remodelar o organograma atual.
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